segunda-feira, 23 de março de 2009

O longo hiato.

Não escrevo aqui desde o dia 8 de janeiro. Isso mesmo. Quase três meses se passaram sem que eu desse nem sequer um sinal de interesse por esse espaço que era muito mais que o meu caderno de anotações. Eu simplesmente abandonei essa ponte que me liga ao mundo que sei que me pertencia e deixei de lado um projeto tão bem sucedido e tão querido por mim e por vocês, e nem sequer dei explicações.
Uma coisa que me deixou em dúvida quanto à força desse meio de comunicação foi a repercussão que causou esse longo hiato no tempo sem me manifestar por aqui. Não desconsidero, de maneira nenhuma, a importância da cobrança de quem me questionou quanto ao abandono do blog. Essa manifestação de insatisfação é reconhecida, sentida e aceita de maneira até lisonjeira. Porém, seria covardia não assumir que a falta de cobrança não passou despercebida. Não sou tapado a ponto de achar que cobrança é uma coisa gostosa de receber. Muito menos pensei que as pessoas ficariam entrando no meu blog só pra me cobrar a voltar a escrever. Mas, mesmo assim, ficou um vazio no nosso contato. Eu já não estava nada animado a escrever e essa "falta de interesse" não me impediu de escrever, mas, certamente, ajudou a ficar inerte.
O que posso dizer quanto a esse desinteresse para com o blog é que ele está diretamente ligado ao meu presente. Curiosamente, o meu presente é extremamente interessante, assim como foi esse período em que fiquei sem escrever. Passei por uma fase bem difícil em janeiro e não consegui focar no projeto. Cheguei a pensar em usar o blog para expiar e até para digerir a fase difícil, mas seria muito mutilador ficar ruminando meu sofrimento e abrindo minha privacidade aqui.
Posso garantir que só decidi escrever aqui agora porque hoje me sinto muito feliz e bem de novo.
Coincidentemente, esta é a minha última semana em Londres. Hora de fazer viagens internas por esses últimos meses e me preparar para despressurizar.
Foi um grande prazer dividir a maior parte da minha vida aqui com vocês.
Muito obrigado.
Amo vocês, nunca deixei de amar.